Espetáculo Fernando e Os Outros - Um show de interpretação.

25 de agosto de 2014

O projeto “A sala do espelho” da Companhia Roda da Baraúna, apresentou ontem pela 4ª vez o espetáculo Fernando e os Outros no  San Marino Hotel. A sala do espelho é um projeto itinerante que busca espaços alternativos criados pela Companhia para exibição de seus espetáculos fazendo com que o teatro vá até o expectador. Uma sacada muito inteligente por parte da produção. “Lacan tem uma técnica de psicanálise onde ele usa o espelho, que é isso de você se enxergar, de você se ver. Quando essa proposta surgiu era porque a gente tava ensaiando na sala que tinha o espelho e a intenção era que no final, quando eu descerrasse a cortina o espelho ia refletir a platéia e eu pensei: “poxa, isso vai ficar incrível!”. Mas a sala lá era pequena e quando a gente começou a ensaiar Fernando e os Outros, só coube o Fernando. Infelizmente não dava e a gente foi percorrendo os espaços e fomos super bem recebidos. Nós tivemos nosso primeiro anfitrião que foi Maciel da Millenium, uma pessoa incrível. Todos os nossos patrocinadores foram pessoas muito sensíveis: Suprave, Auto Escola 2001 KL2 Bahia Frios, Catamara Paulo Afonso, ASCOPA, www.acertepauloafonso.com.br, Lava Jato Luan, Contabilidade Aragão, Mendes Iluminação, Lojas Muillenium e San Marino Hotel.” Diz Dolores Moreira ao descrever o processo de criação do projeto e a formatação do espetáculo.

 

 

       Foto: Ricardo Pereira

 

Como já dito, o primeiro espetáculo teve 2 apresentações na casa de Maciel Millenium e ontem foi a 2ª apresentação no San Marino Hotel. Como sempre, o cenário e figurino produzidos pela Companhia são de excelente bom gosto. Percebe-se que é tudo pensado de acordo com o conteúdo espetáculo.

 

Ao chegar, o público se deparava com um espaço à meia luz, uma música gostosa de fundo, e os “personagens camuflados” na cena. Já criando um clima de curiosidade no ar.

 

     Fotos: Ricardo Pereira

 

A forma como tudo aquilo foi pensado se encaixou perfeitamente nos textos de Fernando Pessoa que foram escolhidos para compor a peça. Além das músicas muito bem executadas onde, além de violão – interpretado por Thiago Sandes - tinha instrumentos artesanais confeccionados e tocados por Aldinho Ogan. Essa harmonia entre músicos, ator/cantor e texto fez com que cada cena fluísse sutilmente e atingisse um dos objetivos do espetáculo que é levar o expectador para uma viagem nos seus “eus”.

 

  Fotos: Klycinha Nascimento

 

O ator Luan Almeida superou todas as suas atuações anteriores com uma interpretação perfeita. Era facilmente notável o mergulho que ele fez no personagem. Texto bem decorado e perfeitamente bem executado. Um ator realmente completo que canta, dança e interpreta com a alma. Era facilmente notável o brilho no olhar, as expressões condizentes, a leveza com que o mesmo conduzia todo aquele ESPETÁCULO. Um garoto ainda jovem mas com um talento indiscutível, uma sensibilidade absurda. Parecia que realmente tinham muitos “outros Fernandos” ali na cena. Palavras são poucas para definir a atuação do mesmo naquela cena.

 

    Fotos: klycinha Nascimento

 

Ao final da peça elenco e diretora cumprem a proposta de aproximação que o espetáculo proporciona e batem um papo com a platéia sobre o projeto, o espetáculo e os próximos passos a companhia. Logicamente receberam o carinho da platéia que notavelmente estava encantada com o espetáculo que rendeu muitos elogios.

 

   Foto: Ricardo Pereira

 

Saiba mais sobre o espetáculo AQUI e fiquem atentos com as próximas apresentações que serão:

 

DIAS: 30 e 31 de agosto na residência de Júnior Catamarã (Av. Apolônio Sales, nº 462)

 

          13 e 14 de setembro na residência de Paulo de Tarso (Rua Barcelona, nº 23ª)

HORARIO: 20H

ENTRADA: R$ 20,00 Inteira / R$ 10,00 (Meia Entrada ou Antecipado).
 

Não deixem de comparecer, as entradas são limitadas e o crescimento intelectual é garantido.

 

MAIS INFORMAÇÕES E INGRESSOS: 75 8804 6512 / 8818 3249/ 9251 2543 / 3281 1770

 

 

Como o próprio Fernando Pessoa disse e foi a frase de finalização do espetáculo: “A finalidade da arte é LIBERTAR!” Frase essa que, muito bem lembrado pelo expectador Edson Chucky em suas considerações, é a “cara” da companhia Roda da Baraúna.

 

Ricardo Pereira estava presente registrando tudo. Clique AQUI e sinta visualmente um pouco do que foi o espetáculo.

 

 

 

Por Ana Paula Araujo

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Fotos: Ricardo Pereira (upfesta.com.br)

           Klycinha Nascimento