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40 anos que se cruzam com feitos inéditos

31 de janeiro de 2014

O fotógrafo pauloafonsino Cláudio Humberto Alves dos Santos, em pesquisa nos arquivos fotográficos de seu pai Luíz Félix Alves dos Santos, encontrou algo espetacular. Umas fotografias do alemão Peter Rehlinger que esteve em Paulo Afonso em 1974 para fazer uma travessia na corda bamba usando apenas um cano galvanizado de 6 metros de comprimento e ¾ de diâmetro para se equilibrar e sem um back up de segurança. O cano era bem pesado. Esse feito aconteceu no dia 31 de março de 1974 e ainda não se sabe se foi a convite da CHESF para promover algo ou se Paulo Afonso fazia parte do roteiro de viagens de um projeto que Peter tinha chamado “Between Haven & Earth”. A proposta da travessia era sair da Ilha do Urubu e, passando por cima da volumosa cachoeira de Paulo Afonso/BA, e chegar ao outro lado na Usina Anjiquinho/AL.

 

 

Peter fazendo a travessia - Foto acervo Cláudio Humberto

 

 

O autor das imagens, Luiz Felix dos Santos, trabalhou na CHESF durante 30 anos como auxiliar de engenharia, trabalhou nas usinas PA I, II, III, IV e também em Itaparica na "Usina Luiz Gonzaga". Segundo seu filho Cláudio, “ele era uma pessoa à frente do seu tempo, no final da década de 60 já tinha máquina fotográfica profissional e adorava fotografar nossa região. Teve a oportunidade de fotografar em 1974 o Sr. Peter Rehlinger, até então sendo o único registro de foto na região”.

 

Luiz Félix dos Santos - Fotos acervo Cláudio Humberto

 

Após 40 anos da imagem que seu pai registrou, Cláudio fez contato com o filho de Peter, o Peter Rehlinger Jr que é cineasta, brasileiro e hoje reside em Las Vegas. Quando Sr Luiz ainda era vivo, volta e meia falava sobre esse espetáculo chamado “entre o céu e a terra” onde Peter selecionava alguns lugares para fazer essa “aventura”. No Brasil, ele passou por várias cidades. Como é possível observar na fotografia, Peter fazia uma espécie do que chamamos hoje de High Line. Andava numa linha alta, porém era um cabo de aço, não tinha back up para a segurança e utilizava um cano galvanizado de 6 metros de comprimento e ¾ de diâmetro para manter o equilíbrio. A distância entre Anjiquinho e Ilha do Urubu é de mais de 300 metros.

 

 

Fotos acervo Cláudio Humberto

 

 

Sem dúvidas, esses registros são fantásticos e de grande valor histórico. É meio que uma ligação entre o esporte de aventura de hoje (highline) e o desafio de 40 anos atrás que foi registrado por um visionário da arte de fotografar.

 

Peter em 1974 - travessia com o bastão / Caio Salomão AFeto em 2013 – fazendo High Line com back up de segurança

 

 

A AcertePauloAfonso entrou em contato com Peter Jr e buscou informações a respeito da atividade do pai dele. Questionamentos a respeito de quando ele começou a praticar, por quanto tempo praticou a atividade, quais os lugares que ele viajou com esse projeto, se já veio em Paulo Afonso após esse feito e, claro, se ele ainda arrisca uma travessia nos dias de hoje. Por enquanto ainda não obtivemos todas as respostas. Peter Jr foi muito atencioso conosco, mas essas respostas precisam ser dadas pelo pai e a ansiedade pelas respostas é enorme. Mas assim que as respostas forem dadas uma outa matéria será publicada a respeito.

 

 

Cláudio Humberto - fotógrafo e Filho de Sr Luiz

 

 

Cláudio Humberto, assim como o pai, também é fotógrafo e sua especialidade são as aves e tem publicações na revista científica Britânica especializada em aves “COTINGA” , mas fez diversos trabalhos para livros de colegas escritores pauloafonsinos. Dentre elas, estão fotografias no livro “Estrada de Ferro em Paulo Afonso – 1882 a 1964”; “Estrada de Ferro e sua Origem”, “Estrada de Ferro Central de Pernambuco”, de autoria de Luiz Ruben, “Ecologia do Cangaço”, de autoria de Malaquiades Pinto Paiva, “Ecologia de Homens e Mulheres do Semi-Árido”, “Professor Gilberto Realizador de Sonhos”, “Angiquinho 100 anos de historia”.

 

Cláudio ficou muito contente ao rever esse material “essas fotos foram tiradas no sistema de filme para slide (o sistema de slide funcionava como projetor próprio que fazia com que as imagens aparecessem como projetores de hoje, mas em forma de fotos). Posteriormente foi transformada em digital e impressa em papel. Que a família contem os originais”. Os slides resistem até hoje. Sem dúvidas grandes registros da época.

 

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Por Ana Paula Araujo

[email protected]

 

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